quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Cigarro

(não lembro aonde peguei a foto, portanto, se for sua, me avisa pra eu dar os créditos)


Daí que desde sempre eu gostei de um cigarro. SEMPRE! Crescí no meio de fumantes e o tal ditado da propaganda de Tv no meu caso foi verdadeiro: crianças que vêem os pais fumando tem mais chances de serem fumantes. Com 14 anos eu fumei o meu primeiro cigarro e só parei quando tava grávida, lá pelos meus 4 meses de gestação. É, eu já sabia que tava grávida e mesmo assim não conseguí parar. Acho importante falar porque não adianta nada o povo ficar cheio de dedos apontando pra pessoa e não ajudar. Cigarro é um vício, igual maconha, pó, comida. A nossa sociedade é bastante hipócrita nesse ponto, e todo mundo que engravida "fuma o último cigarro e nunca mais". Não é bem assim não. Comigo pelo menos não foi. Eu fumava 1 carteira por dia. Já cheguei a tirar o filtro do cigarro pra ficar mais forte. Teve uma época em que eu fumava charuto pq o cigarro sozinho não era o suficiente. Pra parar, foi um drama. Eu chorava escondido do Lu quase todo dia porque achava que estava matando o meu bebê, mas mesmo assim não conseguia parar. Fui diminuindo aos poucos e conseguí ficar no 1/2 cigarro por dia. Eu pegava o cigarro e cortava um tantão e só fumava o restinho. A ficha só caiu mesmo no dia em que eu fui ao banheiro e ví uma mancha vermelha de sangue na calcinha. Fiquei com medo, apavorada, e me dei conta de que eu ía ser responsável por aquela criança integralmente e que era imperativo que eu parasse de fumar. Como eu costumo brincar, decidí que eu não ía ser "1/2 mãe" e, de tanto medo de perder o bebê, acabei não conseguindo mais fumar. Acho que se não fosse aquilo, até hoje eu tava no meio cigarro. 

Quando ela nasceu, num dia de crise eu cheguei a pegar num cigarro. Dei um trago e fiquei morrendo de nojo, não conseguí nem fumar o restante. Achei que tivesse finalmente deixado de ser fumante e etc, mas não, eu tava redondamente enganada. Daí que eu tive depressão pós-parto. Quando eu ví, tava trancada no banheiro fumando. Ela dormia e eu corria pro banheiro pra fumar. Depois tomava um puta banho e ficava o dia inteiro mal pq tinha fumado. Perto da minha mãe, que é fumante, era pior ainda. Toda vez que ela me visitava, eu fumava 5, 6 cigarros. Aí ficava 1 mês sem fumar e quando brigava ou ficava nervosa, lá tava eu acendendo o cancerígeno. Pra piorar, o Lu acabou se viciando no maledeto também e era foda ver ele saindo de casa pra fumar, a vontade batia forte. Nessas férias passei 1 mês fumando, e fumando muito. Até esqueiro eu voltei a comprar e tava com um maço na carteira. Daí eu ví uma propaganda do banco de leite de Ribeirão Preto e queria doar, mas não podia pq tava fumando. Novamente olhei pra Aurora e pensei que eu tava literalmente fudend# a saúde dela. Fiquei nesse drama de consciência uns dois dias e resolví que já estava mais do que na hora de parar por definitivo. Essa história de fumar um de vez em quando não dá certo! É igual o alcólatra: não consegue ficar num copo só! Com o cigarro não é diferente! Você fuma um e quer outro, e outro, e outro. Aí fica se enganando que é só mais um, e mais um e acaba se viciando novamente. 

Bom, o que me ajudou a parar foi mascar chiclete bem forte, tipo aquele trident preto e voltar a fazer exercício. Fumante precisa liberar endorfina, e exercício é o caminho. Corrida então é ótimo pra quem quer parar de fumar e não engordar. Também me ajudou admitir que eu tenho um problema com o cigarro e contar pras pessoas a minha volta que eu queria parar, pq assim o povo pegava no meu pé e eu me sentia culpada. O Lu acabou entrando na onda e parou também. Estamos há quase 1 mês sem ver nada de cigarro e pretendo continuar assim! Já me convencí de que se eu fumar um só, volto a fumar, então decidí descontar minhas frustrações nas atividades físicas. Ao invés de acender um cancerígeno, eu vou lá dar uma caminhada, ou então pulo corda, ou sei lá. Ajuda pra caramba!

Enfim, quis contar essa minha vitória pra vocês e também dizer pras grávidas que tão tentando largar o cigarro que não é fácil e que ao invés de críticas, vocês precisam é de apoio! Ninguém em sã consciência quer fazer mal pro próprio filho! Tabagismo é uma doença e precisa ser tratada como tal. Não é questão de vontade ou de motivação, é vício, e vício a gente não controla!

2 comentários:

Maíra disse...

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Eu tô pensando em encontrar algum lugar que faça roupas personalizadas e encomendas uns desse estilo, rsssss! Até porque esse site é estrangeiro e sai caro comprar dele, não compensa!

Beijossssss

Nanikah disse...

Depois de uma sexta feira com 15 aulas DADAS,(doida por umas cervejas, um copo de whisky cowboy e uns cigarros) estava saindo da escola, a caminho de uma festinha básica na casa dos amigos (na época era noiva ainda), qnd me veio o pensamento "Tô grávida" tava mto certa disso.
Cheguei na festinha não foi nada. Nem cigarro, nem álcool, nada!
Sábado fiz o teste de farmácia e batata" Tava grávida.
Nem eu, nem meu marido fumamos mais (ele toma as cervejinhas dele e pá). Mas eu não consigo mais nem sentir o cheiro do cigarro... Juro... Foi muito fácil para mim!