domingo, 2 de outubro de 2011

PN x cirurgia - Por Marilyn Moroe

PN x cirurgia - Por Marilyn Moroe
Parto Normal (PN) X Cirurgia (Cesárea)

Parir parte a mulher em mil pedaços, ela é obrigada a se reconstruir, a renascer não somente porque há alguém que agora depende dela imensamente, intensamente, mas porque seu próprio corpo vive uma revolução interna que a transforma imediatamente após o parto em alguém diferente.

A comunicação do corpo com o cérebro após o desencadeamento do parto é imediata e quase que na totalidade das vezes, mesmo após um parto Frank, é benéfica, bem-sucedida, embora haja exceções. O corpo após o parto é forte, é apto, está absolutamente pronto para cuidar do bebê, a mãe pode inclusive colocar o bebê de volta na barriga, dessa vez pelo lado de fora, o que acalma o bebê e traz absoluta serenidade à mulher.

Isso não ocorre jamais após a cesariana. O cérebro da mulher que sofreu cirurgia para extração de bebê fica temporariamente embotado, ele não pode acessar o trabalho de parto e o desencadeamento porque isso não ocorreu. A mulher se emociona com o bebê porque é humana, civilizada e inteligente, mas seu corpo não vive isso, tanto que ela não tem condições de levantar-se logo após a cirurgia, não pode dormir com o bebê em cima de sua barriga, está dodói, precisa ser amaparada e cuidada.

Há uma defasagem corporal e cortical temporária entre a mulher que vive um PN e a que passa por um cirurgia. Para algumas mulheres um PN pode ser tão traumático quanto uma cesariana, para outras uma cesariana pode ser tão facilmente decodificada quanto um PN, mas são exceções os dois casos.

De maneira geral o PN ajuda a mulher a corticalizar o nascimento enquanto a cirurgia dificulta o trabalho cerebral ancestral de sentir-se apta na luta pela sobrevivência. A cesariana é vivida pelo cérebro humano como derrota na luta pela sobrevivência, daí surgirem transtornos como depressão pós-parto e insegurança para cuidar do bebê.

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